União das Freguesias

Aldoar (Sede) | União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde

A União das Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde é uma freguesia portuguesa do concelho do Porto criada no âmbito da reforma administrativa nacional, pela Lei nº 11-A/2013 de 28 de janeiro, agregando as antigas freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde. Tem uma área total de 7,36km2 e uma população de 25 852 habitantes (2017).

A União das Freguesias possui dois pólos de serviços.

O Pólo de Aldoar, sede da União das Freguesias (Rua da Vilarinha), dá lugar a toda a área administrativa e social. Aqui encontra-se o novo posto de atendimento sem balcões ou guichets, para aproximar o contacto entre a pessoa que é atendida e a que está a atender, e com serviços de grande utilidade para todos os concidadãos, como é o exemplo do espaço CTT.

No Pólo da Foz do Douro (Rua de Côrte Real) encontram-se os serviços cemiteriais. No Mercado da Foz está o Espaço do Cidadão. Este funciona como um balcão único que disponibiliza variados serviços que tratam assuntos tais como ADSE, segurança social, alteração de morada, aposentações, entre muitos outros. Este espaço multisserviços torna-se assim mais próximo dos habitantes da União de Freguesias, que não precisam de fazer grandes deslocações para usufruir daquilo que o espaço tem para oferecer.

Aldoar | Brasão

Caracterização Geral

Área: 2,67km2

População: 11 345 habitantes

Localização Geográfica: Aldoar faz fronteira com o concelho de Matosinhos (a Norte), com o Oceano Atlântico (a Poente), com a freguesia de Ramalde (a Nascente), com a freguesia de Nevogilde (a Sul e Poente), com a freguesia da Foz do Douro (também a Sul) e com a freguesia de Lordelo do Ouro (a Sudeste).

Padroeiro: São Martinho

História

O nascimento de Aldoar remonta o período anterior à romanização. Esta povoação situava-se entre o Porto e Bouças (Matosinhos), sendo atravessada por uma estrada que ligava ambas as localidades. Hoje, esta encontra-se encoberta, em parte, pela atual Rua da Vilarinha.

Aldoar era uma terra atravessada por vários ribeiros e regatos, os quais entroncavam numa ribeira, a Ribeira de Aldoar, que ia desaguar ao mar, junto do Castelo do Queijo.

Terra campestre em que a principal ocupação era a terra, era de Aldoar que saiam muitos dos produtos hortícolas que eram vendidos no Porto.

Após a expansão e progresso, esta localidade foi incluída oficialmente na cidade do Porto a 21 de Novembro de 1895, pelo que é parte da malha urbana da Invicta desde então.

As novas zonas habitacionais e os transportes vieram fomentar cada vez mais o espaço urbano de Aldoar.

Heráldica

O brasão é constituído por um escudo de vermelho, uma espada e um alfange quebrado, ambos de prata, com punhos de ouro e passados em aspa; em chefe, cruz da Ordem de S. João de Jerusalém, dita de Malta. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “ALDOAR – PORTO”.

A cruz da Ordem de S. João de Jerusalém, dita de Malta, sobre o campo vermelho recorda a sua presença nesta terra e a sua ação de cristianização associada à missão beneficente aqui desenvolvida. A espada e o alfange recordam as lutas travadas entre cristãos e muçulmanos, em lugares que hoje constituem terras de Aldoar.

A espada constitui também uma alusão ao orago desta terra, S. Martinho, cujo culto foi trazido pelos monges beneditinos que laboravam no amanho das terras arrancadas aos muçulmanos.

O vermelho é o esmalte das armas da Ordem de S. João de Jerusalém, dita de Malta, e invocador de todos os homens que ao longo dos séculos dedicaram a sua vida ao serviço de outrem, num esforço constante e abnegado de servir.

A prata simboliza a humildade no servir e riqueza da sua entrega total sempre manifestada pelas suas gentes.

O ouro significa a nobreza das intenções e o sofrimento trazido no espírito de sacrifício que exorta a merecer o trabalho realizado e torná-lo exemplo para as gerações futuras.

Foz do Douro | Brasão

Caracterização Geral

Área: 3,00km2

População: 9 513 habitantes

Localização Geográfica: Foz do Douro faz fronteira com as freguesias de Aldoar e Nevogilde (a Norte), com a freguesia de Lordelo do Ouro (a Nascente) e com o Oceano Atlântico (a Poente).

Padroeiro: São João Batista

História

A Foz do Douro, também designada São João da Foz do Douro, é uma antiga freguesia portuguesa da cidade do Porto. Com fortes raízes marítimas, e antigamente conhecida por ser uma “terra de pescadores”, a Foz viu as suas atividades ligadas ao mar incentivadas pelo Império Romano, que trouxe consigo novas técnicas de construção de barcos e uma ampla experiência de navegação.

A riqueza económica e comercial da região portuense dependia do comércio via marítima que passava pela barra do rio Douro. Aqui se verificaram as primeiras manifestações renascentistas em Portugal, com o Forte de São João Batista da Foz, iniciado durante o reinado de D. Sebastião (1557-1578).

O Passeio Alegre, repleto de bares, esplanadas e jardins à beira-mar, fazem desta zona uma das mais procuradas no Porto.

Heráldica

O brasão é constituído por um escudo de prata, uma torre negra lavrada de prata e aberta de vermelho, situada entre dois ferros de enxada azuis alinhados em faixa, e faixas ondadas de azul, prata e verde. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com a legenda a negro “FOZ DO DOURO”.

A torre negra é alusiva ao Farol de São Miguel-o-Anjo, mandado construir em 1527 por ordem de D. Miguel da Silva, e o primeiro edifício puramente renascentista datado em Portugal.

Os ferros de enxada representam o trabalho na terra, pois o povo da Foz era um povo “da terra e do mar”. Coroa mural de prata de quatro torres de prata.

Em tempos, a Foz do Douro teve foral e o estatuto de cidade, que a tornava livre do controlo feudal e lhe garantia autonomia municipal.

As faixas ondadas de azul, prata e verde representam a ligação ao mar e a todas as atividades de cariz marítimo.

A prata simboliza a humildade no servir e a riqueza da sua entrega total.

Nevogilde | Brasão

Caracterização Geral

Área: 2,00km2

População: 4 051 habitantes

Localização Geográfica: Nevogilde faz fronteira com a freguesia da Foz do Douro (a Sudeste) com a freguesia de Aldoar (a nascente) e com o Oceano Atlântico (a Poente).

Padroeiro: São Miguel

História

Fundada a 1258, a freguesia de Nevogilde (Lavygildus) pertenceu ao antigo Julgado das Bouças (Matosinhos), de acordo com as inquirições ordenadas por D. Afonso III. Apenas no final do século XIX é que esta freguesia começou a integrar a cidade e concelho do Porto, através da construção da Estrada da Circunvalação a 21 de Novembro de 1895.

Nevogilde cresceu entre dois pequenos nichos populacionais: em torno da igreja e em torno de um pequeno porto, o de Carreiros, que desempenhou um papel preponderante na vida económico-social da freguesia e da sua zona envolvente. Este ainda serviu de local de descarga de bens e ponto de desembarque de muitos soldados liberais, durante o Cerco do Porto.

Nevogilde é terra de praia, de ir a banhos, um local que a burguesia se acostumou a frequentar. Este movimento trouxe novos negócios e modernidade à freguesia e foi graças à moda dos banhos que se enraizou uma comunidade que, ao longo dos anos, desenvolveu social e economicamente a zona, os Britânicos.

Heráldica

O brasão é constituído por um escudo vermelho, com um baluarte de prata, aberto e lavrado de negro, com uma balança de prata de dois pratos, carregado de uma espada de prata empunhada de ouro, de São Miguel, e, na ponta, cinco faixas ondadas de verde e prata. Listel branco com a legenda a negro “NEVOGILDE-PORTO”.

O baluarte recorda o Forte de São Francisco Xavier, mais conhecido por Castelo do Queijo, cuja finalidade era defender a linha de costa de possíveis ataques ou invasões.

A balança com pratos e a espada são alusivos ao padroeiro da freguesia, São Miguel, o qual é sempre representado como um homem/anjo que empunha uma lança ou espada projetada sobre um dragão. Estando ligado ao Juízo Final, a balança serviria para pesar as almas no fim dos tempos.

As faixas ondadas representam o mar, onde Nevogilde nasceu e cresceu, e por ser considerada uma freguesia marítima.